Nível de carga de veículos comerciais em rodovias federais concedidas
DOI:
https://doi.org/10.58922/transportes.v31i1.2849Palavras-chave:
Pesagem Veicular, Excesso de Carga, Projeto de PavimentosResumo
Ainda que haja postos de pesagem veicular coletando dados de forma quase ininterrupta no Brasil, limitada é a disponibilidade de informação sobre os níveis reais de carregamento que trafegam nas rodovias do país. Quando da impossibilidade de se executarem campanhas de pesagem adequadas para o desenvolvimento de projetos ou análises de pavimentos, considerações são feitas a respeito do carregamento da frota, que nem sempre retratam adequadamente o carregamento real. Dessa forma, esta pesquisa analisou dados de pesagem de mais de 30 milhões de veículos entre 2015 e 2020 em nove postos brasileiros, instalados em rodovias federais concedidas em estados da região Sul e Sudeste, de modo a investigar e retratar os níveis de carga observados na frota rodante no país, além de eventuais particularidades intrínsecas ao transporte de cargas brasileiro, visando estabelecer métricas que orientem projetos rodoviários no país. Para isso, foram utilizadas ferramentas comuns à ciência de dados para propor um modelo de níveis de carga alinhado ao estado da prática brasileiro. O modelo proposto retornou resultados satisfatórios quando comparados aos valores reais observados, com coeficientes de determinação entre 0,95 e 0,99, e parece ser uma alternativa viável às distribuições arbitrárias de carga comumente adotadas no país.
Downloads
Referências
Albano, J. F. (2005). Efeitos dos excessos de carga sobre a durabilidade de pavimentos [Tese de Doutorado]. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Albano, J. F. e L. A. Lindau. (2006). Revisando as tecnologias para pesagem de veículos. Revista Estradas, 10, 102–108.
American Association of State Highway and Transportation Officials. (1993). AASHTO Guide for Design of Pavement Structures. AASHTO.
American Association of State Highway and Transportation Officials. (2015). Mechanistic-Empirical Pavement Design Guide: A Manual of Practice. Em American Association of State Highway and Transportation Officials, Washington, DC. (2nd ed). AASHTO.
Balbo, J. T. (2007). Pavimentação Asfáltica: materiais, projeto e restauração. Oficina de Textos.
Brasil. (2006). Manual de estudos de tráfego. IPR/DNIT.
Brasil. (2022). Novos Projetos em Rodovias. Agência Nacional de Transportes Terrestres. https://portal.antt.gov.br/novos-projetos-em-rodovias
Breunig, M. M.; H.-P. Kriegel; R. T. Ng e J. Sander. (2000). LOF: identifying density-based local outliers. ACM SIGMOD Record, 29(2), 93–104. https://doi.org/10.1145/335191.335388 DOI: https://doi.org/10.1145/335191.335388
Brito, L. A. T.; J. A. P. Ceratti; W. P. Núñez e A. Bock. (2013). Implantação de um sistema de pesagem em movimento em alta velocidade na rodovia BR-290/RS, Free Way, para estudo de espectro de cargas comerciais rodantes. Revista Estradas, 18, 22–28.
Brown, D. N. e R. G. Ahlvin. (1961). Revised Method of Thickness Design for Flexible Highway Pavements at Military Installations. U.S. Army Corps of Engineers.
Fontenele, H. B. (2011). Representação do Tráfego de Veículos Rodoviários de Carga através de Espectros de Carga por Eixo e seu Efeito no Desempenho dos Pavimentos [Tese de Doutorado]. Universidade de São Paulo.
Haider, S. W.; G. Musunuru; N. Buch; O. Selezneva e J. P. Schenkel. (2019). Updating Traffic Inputs for Use in the Pavement Mechanistic-Empirical Design in Michigan. Transportation Research Record, 2673(11), 13–28. https://doi.org/10.1177/0361198119849913 DOI: https://doi.org/10.1177/0361198119849913
Hasan, M. A.; M. R. Islam e R. A. Tarefder. (2016). Clustering vehicle class distribution and axle load spectra for mechanistic-empirical predicting pavement performance. Journal of Transportation Engineering, 142(11), 1–11. https://doi.org/10.1061/(ASCE)TE.1943-5436.0000876 DOI: https://doi.org/10.1061/(ASCE)TE.1943-5436.0000876
Macea, L. F.; L. Márquez e H. Llinás. (2015). Improvement of axle load spectra characterization by a mixture of three distributions. Journal of Transportation Engineering, 141(12), 1–9. https://doi.org/10.1061/(ASCE)TE.1943-5436.0000801 DOI: https://doi.org/10.1061/(ASCE)TE.1943-5436.0000801
Medina, J. de e L. M. G. da Motta. (2005). Mecânica dos Pavimentos (2o ed). COPPE/UFRJ.
Peterlini, P. S. (2006). Cargas por eixo e fatores de veículos obtidos em rodovias federais concessionadas do estado do Paraná [Dissertação de Mestrado]. Universidade Federal de Santa Catarina.
Rys, D. (2021). Consideration of dynamic loads in the determination of axle load spectra for pavement design. Road Materials and Pavement Design, 22(6), 1309–1328. https://doi.org/10.1080/14680629.2019.1687006 DOI: https://doi.org/10.1080/14680629.2019.1687006
São Paulo (Estado). (2006). Instrução de Projeto IP-DE-P00/001. Projeto de Pavimentação. Departamento de Estradas de Rodagem.
São Paulo (Município). (2004). IP – 02/2004 CLASSIFICAÇÃO DAS VIAS. Prefeitura de São Paulo.
Souza, M. L. de. (1981). Método de projeto de pavimentos flexíveis (3. ed.). IPR.
Tahaei, N.; J. J. Yang; M. G. Chorzepa; S. S. Kim e S. A. Durham. (2021). Machine learning of Truck Traffic Classification groups from Weigh-in-Motion data. Machine Learning with Applications, 6, 100178. https://doi.org/10.1016/j.mlwa.2021.100178 DOI: https://doi.org/10.1016/j.mlwa.2021.100178
Vallejo, F. M. L. (2021). Impactos do excesso de carga nos pavimentos rodoviários: uma abordagem probabilística na determinação do fator de veículo [Tese de Doutorado]. Universidade de São Paulo.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Henrique Falck Grimm, Lélio Antônio Teixeira Brito
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Ao submeter um manuscrito para publicação neste periódico, todos os seus autores concordam, antecipada e irrestritamente, com os seguintes termos:
- Os autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista TRANSPORTES o direito de primeira publicação do manuscrito, sem nenhum ônus financeiro, e abrem mão de qualquer outra remuneração pela sua publicação pela ANPET.
- Ao ser submetido à Revista TRANSPORTES, o manuscrito fica automaticamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial neste periódico.
- Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada neste periódico (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da publicação inicial nesta revista, desde que tal contrato não implique num endosso do conteúdo do manuscrito ou do novo veículo pela ANPET.
- Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) depois de concluído o processo editorial. Como a Revista TRANSPORTES é de acesso livre, os autores são estimulados a usar links para o site da Revista TRANSPORTES nesses casos.
- Os autores garantem ter obtido a devida autorização dos seus empregadores para a transferência dos direitos nos termos deste acordo, caso esses empregadores possuam algum direito autoral sobre o manuscrito. Além disso, os autores assumem toda e qualquer responsabilidade sobre possíveis infrações ao direito autoral desses empregadores, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.
- Os autores assumem toda responsabilidade sobre o conteúdo do trabalho, incluindo as devidas e necessárias autorizações para divulgação de dados coletados e resultados obtidos, isentando a ANPET e a Revista TRANSPORTES de toda e qualquer responsabilidade neste sentido.