https://revistatransportes.org.br/anpet/issue/feed TRANSPORTES 2024-10-31T11:45:04-03:00 Assistência Editorial secretaria.transportes@anpet.org.br Open Journal Systems <p>TRANSPORTES (ISSN: 2237-1346) é o único periódico técnico-científico nacional que publica artigos em todos os campos da Engenharia de Transportes e ciências afins. Manuscritos submetidos para publicação são analisados por especialistas de renome nacional e internacional. TRANSPORTES tem periodicidade quadrimestral e é uma publicação da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes - <a href="http://www.anpet.org.br" target="_blank" rel="noopener">ANPET</a>, uma entidade que reúne pesquisadores, especialistas e estudantes do Brasil e do exterior.</p> https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2905 Dosagem de misturas asfálticas relacionada com o desempenho: uma revisão da literatura 2024-09-27T11:16:42-03:00 Marcos Lamha Rocha marcoslr94@gmail.com Francisco Thiago Sacramento Aragão fthiago@coc.ufrj.br Luis Alberto Herrmann do Nascimento luisnascimento@petrobras.com.br <p>Desde as primeiras aplicações de misturas asfálticas como materiais constituintes de camadas de pavimentos, no final do século XIX, surgiu a necessidade da adoção de uma metodologia para definir as proporções adequadas de cada componente da mistura, em um processo conhecido como dosagem. Atualmente, as metodologias de dosagem são, em geral, baseadas unicamente em parâmetros volumétricos, o que não permite avaliar o desempenho do material. Este artigo apresenta uma revisão das tendências passadas, presentes e futuras no projeto de misturas asfálticas, considerando diferentes métodos desenvolvidos na busca pela geração de misturas mais resistentes às demandas cada vez maiores do tráfego. São avaliados aspectos relacionados às metodologiais atuais de dosagem e suas limitações, o conceito e trabalhos atuais sobre mistura balanceada, assim como um resumo dos principais ensaios de desempenho de misturas asfálticas. Os resultados da revisão indicam uma clara evolução para procedimentos de dosagem que combinam volumetria e desempenho, promovendo a seleção mais adequada de materiais e suas combinações, além de otimizar a vida útil das misturas asfálticas no campo. No entanto, a pesquisa destaca lacunas significativas, como a necessidade de estudos experimentais que validem novos métodos de dosagem e a integração de ensaios de desempenho mais avançados. Essas lacunas representam oportunidades importantes para futuras pesquisas experimentais que podem contribuir para a inovação e a eficiência no projeto de misturas asfálticas.</p> 2024-09-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Marcos Lamha Rocha, Francisco Thiago Sacramento Aragão, Luis Alberto Herrmann do Nascimento https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/3022 Previsão de fissuração por fadiga em pavimentos intercalares de paralelepípedos usando ensaios não destrutivos e análises mecanicistaempíricas 2024-10-31T11:45:04-03:00 Giovanni Pasquale Beninca giovannibeninca@outlook.com Adriana Goulart adriana.santos@udesc.br <p>Vários métodos de ensaios não destrutivos (END) têm sido utilizados para medir a deflexão superficial, o que permite determinar os módulos elásticos das camadas do pavimento através do processo de retroanálise e avaliar a capacidade estrutural dos pavimentos asfálticos. Neste estudo, foram avaliados os módulos retroanalisados de pavimentos intercalados de paralelepípedos e a capacidade de carga deste tipo de pavimento relacionada ao critério de fissuração por fadiga com base em uma análise mecanística-empírica. A metodologia empregada incluiu a realização de ensaios in situ utilizando END com equipamento Falling Weight Deflectometer (FWD) em 84 pontos de ensaio em pavimentos construídos tanto em base granular como em paralelepípedos, determinação de parâmetros de bacia de deflexão (DBP), retroanálise dos módulos das camadas e estimativa de desempenho por fissuração por fadiga por meio de análises mecanística-empíricas no software MeDiNa. Os pavimentos com camada de base de paralelepípedos apresentaram maiores medidas de deflexão no ponto de aplicação da carga em comparação com aquelas medidas em pavimentos com camada de base granular, indicando que este tipo de pavimento apresentou maior rigidez. Pavimentos com base em paralelepípedo apresentaram maior quantidade de área fissurada em comparação ao pavimento com base granular, apresentando menor capacidade de carga no tocante ao critério de fadiga. Foi evidenciado que o método baseado em DBP determinados pelas bacias medidas pelo teste FWD foi capaz de identificar as diferenças estruturais entre as camadas dos pavimentos avaliados, bem como a identificação da evolução de suas fissurações.</p> 2024-10-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Giovanni Pasquale Beninca, Adriana Goulart https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2617 Procedimento para geração de populações sintéticas com base em dados disponíveis no Brasil 2024-09-09T09:11:40-03:00 Rodrigo Ajauskas rodrigo_ajauskas@hotmail.com Orlando Strambi ostrambi@usp.br <p>Este trabalho apresenta um gerador de populações sintéticas adaptado para o Brasil e sua aplicação para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). Populações sintéticas são utilizadas em modelos desagregados de previsão de demanda; resultam da estimação de informações desconhecidas em escalas geográficas desagregadas, tendo como base informações agregadas conhecidas e (uma amostra de) microdados, ambos disponibilizados pelos Censos. Considerando as diferentes abordagens teóricas e a disponibilidade de códigos, selecionou-se o gerador PopulationSim, pertencente à categoria de procedimentos de reconstrução sintética. Desenvolveu-se uma extensão, chamada de PopulationSimBR, para facilitar a aplicação do gerador em regiões no Brasil. Na aplicação realizada para a RMSP foram também utilizados dados da Pesquisa OD de São Paulo. Os resultados apresentam indicadores de qualidade superior aos encontrados na literatura, o que sugere que o PopulationSim pode ser utilizado no Brasil, assim como a base de dados gerada para a RMSP.</p> 2024-09-09T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Rodrigo Ajauskas, Orlando Strambi https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2970 Desenvolvimento de uma abordagem espacial multicritério para determinar a localização de espaços de carregamento/descarregamento em centros urbanos 2024-09-27T11:16:40-03:00 Arielle Elias Arantes aearantes@det.ufc.br Bruno Athayde Prata baprata@ufc.br <p>Este artigo apresenta uma nova abordagem que combina programação matemática, métodos de multicritério de apoio à decisão e sistemas de informações geográficas para determinação do número ótimo de vagas para carga/descarga em centros urbanos. A metodologia proposta foi aplicada em um estudo de caso na cidade de Fortaleza, na região Nordeste do Brasil. O uso do método híbrido para a seleção das melhores vagas aumentou o percentual de cobertura dos clientes em 10%, em comparação com aplicação exclusiva de um modelo de programação matemática. Por outro lado, uma vez que a determinação dos potenciais candidatos a vagas não foi baseada em uma abordagem científica, clientes localizados fora da região central apresentaram baixos níveis de serviço, com distâncias de caminhada superiores a 450 m.</p> 2024-09-27T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Arielle Elias Arantes, Bruno Athayde Prata https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2919 Contribuição para a avaliação de performance de faixas reversíveis 2024-09-26T08:06:22-03:00 Igor Gomes Furtado furtadogomesigor@gmail.com Arnoldo Debatin Neto debatin.neto@ufsc.br <p>A ocorrência de congestionamentos recorrentes em centros urbanos demanda, aos gestores de tráfego, a adoção de estratégias de caráter temporário ou complementar, como a implantação de faixas reversíveis. O seu princípio advém da ampliação temporária da capacidade viária pelo aproveitamento da capacidade subutilizada da via no sentido oposto. Apesar de ser historicamente associada a uma medida simples (em comparação a intervenções definitivas), existem diretrizes técnicas que norteiam o seu processo de implantação, desde etapas iniciais (planejamento, estudos prévios e projeto), até etapas posteriores (monitoramento e avaliação de performance) e que caso não consideradas, de forma adequada, tendem a prejudicar os benefícios da operação. Por outro lado, a prática nacional tende a respaldar-se no conhecimento empírico e em decisões pessoais. Considerando a crescente popularização da técnica no país, o processo de avaliação torna-se essencial não apenas quanto à mensuração dos benefícios obtidos nas operações existentes, mas também como benchmarking em novas operações. Assim, a presente pesquisa tem o objetivo de contribuir com a prática de faixas reversíveis, identificando, através de uma revisão bibliográfica sistemática, as principais informações-chaves (abordagens, indicadores, forma de coleta de dados e métodos) utilizadas em estudos de avaliação de performance de reversíveis. Tais informações subsidiaram a elaboração de fluxograma para guiar o processo de avaliação em operações existentes.</p> 2024-09-23T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Igor Gomes Furtado, Arnoldo Debatin Neto https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2903 Avaliação da resistência à fadiga e à deformação permanente de ligantes com rap e biorejuvenescedor oriundo do óleo de soja 2024-10-01T09:03:24-03:00 Andressa Cristina Borges Chaves andressachaves@det.ufc.br Jorge Luiz Oliveira Lucas Júnior jorgelucas@det.ufc.br Jorge Barbosa Soares jsoares@det.ufc.br <p>O uso elevado de RAP (Reclaimed Asphalt Pavement) em misturas asfálticas pode prejudicar a resistência a defeitos. Para melhorar as propriedades dos ligantes, usam-se agentes rejuvenescedores, que precisam ser bem dosados para atender às especificações. O objetivo desse trabalho foi investigar o comportamento de resistência ao dano por fadiga e deformação permanente de ligantes com RAP e biorejuvenescedor oriundo do oleo de soja. Foram avaliados 16 ligantes, obtidos da mistura entre o ligante CAP 50/70, ligante extraído do RAP e biorejuvenescedor. O ligante do RAP foi adicionado à mistura com ligante puro nas porcentagens de 15 e 30%, e biorejuvenescedor nas porcentagens de 5 e 10%, ambos em relação a massa total da amostra. Também foi avaliada uma amostra 100% ligante do RAP. Foram realizados os testes Linear Amplitude Sweep (LAS) e Multiple Stress Creep Recovery (MSCR) para avaliar fadiga e resistência à deformação permanente. Em paralelo, foram determinados: penetração, ponto de amolecimento, viscosidade e índice de instabilidade coloidal (pelo fracionamento SARA). Os resultados indicam que o aumento do teor de ligante do RAP compromete a resistência à fadiga, devido ao aumento da quantidade de ligante envelhecido, enquanto que a resistência à deformação permanente é afetada pelo aumento do teor de rejuvenescedor. O biorejuvenescedor epoxidado do óleo de soja se mostrou mais adequado na resistência para os dois defeitos. Foi encontrada uma boa correlação dos parâmetros de fadiga e deformação com as propriedades físicas, ao contrário do índice de instabilidade coloidal, que apresentou baixa relação com os parâmetros mecânicos.</p> 2024-10-01T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Andressa Cristina Borges Chaves, Jorge Luiz Oliveira Lucas Júnior, Jorge Barbosa Soares https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2972 Crítica aos modelos de inferência estatística na análise dos determinantes das desigualdades na acessibilidade 2024-10-15T08:49:25-03:00 Maria Cristina Cavalcante Belo mcristina.belo@det.ufc.br Davi Garcia Lopes Pinto davi.garcia@det.ufc.br Carlos Felipe Grangeiro Loureiro felipe@det.ufc.br <p>O diagnóstico estratégico das desigualdades socioespaciais na acessibilidade utiliza comumente ferramental de modelagem estatística para analisar causalidade. Porém, os modelos de regressão linear formulados podem não ser adequados, gerando viés nas estimativas e erros na interpretação dos efeitos causais. Portanto, o objetivo deste trabalho é criticar os modelos estatísticos que analisam as relações de causa-efeito entre as restrições dos subsistemas de uso do solo e transportes com os níveis de acessibilidade no planejamento urbano estratégico. Para isso, foram utilizados dados de Fortaleza para se exemplificar os problemas que podem ocorrer ao se realizar um diagnóstico sem estabelecer os possíveis caminhos indiretos entre a acessibilidade e suas restrições, não considerando as fontes de endogeneidade. Foi possível constatar que a análise de fenômenos complexos através de regressão linear pode se beneficiar da utilização de diagramas causais, possibilitando um melhor entendimento dos caminhos causais entre as variáveis, com o controle adequado da endogeneidade.</p> 2024-10-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Maria Cristina Cavalcante Belo, Davi Garcia Lopes Pinto, Carlos Felipe Grangeiro Loureiro https://revistatransportes.org.br/anpet/article/view/2961 Customização e aplicação de ferramenta para coleta automatizada de dados de travessia de pedestres em interseções semaforizadas 2024-10-15T08:49:27-03:00 Juliana de Abreu e Trez julianatrez@gmail.com Cornélio Albuquerque de Sousa corneliosousa@alu.ufc.br Alessandro Macêdo de Araújo alessandro.araujo@det.ufc.br Manoel Mendonça de Castro Neto manoel@det.ufc.br <p>A travessia de pedestres durante o verde veicular é um problema que ainda necessita de maior compreensão e investigação, visto a complexidade das variáveis envolvidas e suas inter-relações. Ferramentas de coleta automatizada podem ser importantes aliadas na obtenção dessas variáveis e análise de suas inter-relações. O objetivo principal deste estudo é customizar e aplicar uma ferramenta automatizada para coletar variáveis importantes em estudos de travessias de pedestres em interseções semaforizadas, sendo estas os <em>headways </em>veiculares, os atrasos dos pedestres, as velocidades veiculares, os tipos de veículo e os instantes de travessia, por faixa. A ferramenta, aplicada em um vídeo de uma interseção semaforizada de Fortaleza, consistiu nas ferramentas YOLOv7 e StrongSORT. O mAP de treinamento da ferramenta foi de quase 90%. Ao todo, 9427 veículos e 723 pedestres foram rastreados; os <em>headways </em>mostraram grande amplitude, a velocidade média dos veículos foi de 28 km/h e o atraso médio dos pedestres foi de 18 seg. A validação com uma ferramenta de coleta (RUBA) apontou que não houve diferenças significativas nas coletas pelos dois métodos quanto aos instantes de passagem dos veículos e de seus <em>headways</em>; para as velocidades veiculares as diferenças foram entre ± 6 km/h, e para as variáveis dos pedestres, as médias das diferenças foram de até 0,2 seg.</p> 2024-10-15T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Juliana de Abreu e Trez, Cornélio Albuquerque de Sousa, Alessandro Macêdo de Araújo, Manoel Mendonça de Castro Neto