Respostas à política nacional de mobilidade urbana: comparativo entre capitais dos incentivos ao transporte público e à bicicleta

Autores

  • Giovana Hardt Lourenço Universidade Federal do Paraná
  • Alceu Dal Bosco Jr Universidade de São Paulo
  • Márcia de Andrade Pereira Bernardinis Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.14295/transportes.v27i2.1413

Palavras-chave:

Mobilidade Urbana, Planos de Mobilidade, Transporte Coletivo, Ciclomobilidade.

Resumo

A Política Nacional de Mobilidade Urbana (NPUM) surgiu com o objetivo de guiar as cidades em decisões que garantam mais acessibilidade e sustentabilidade com prioridades para transporte coletivo (ônibus veículos sobre trilhos) e não motorizado. O presente trabalho propõe uma sistemática de avaliação da efetividade prática da PNMU no que tange o transporte público e uso de bicicleta, através de alguns indicadores do Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS), criado por Rodrigues da Silva et al. (2008), com modificação do método original. Foram comparadas quatro capitais brasileiras: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os indicadores foram analisados temporalmente, de 2010 até 2015, para traçar uma evolução das cidades frente às premissas da Lei de Mobilidade de 2012 e compará-las utilizando o teste estatístico T-Student. Observou-se que as evoluções não têm distinção significativa, porém as médias de pontuação sim. Os resultados são inconclusivos para a comparação, devido à dificuldade de se encontrar dados abertos necessários para melhor avaliar os indicadores. Ainda assim, o IMUS se apresenta como um critério promissor de avaliação da NPUM.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Armazém de Dados (2016), Prefeitura Municipal. Disponı́vel em: http://www.data.rio/search?groupIds=cbe84df2333a463b9d4e20aca5177936&sort=-modified (Acesso em 21 ago 2019).

Banister, D.; D. Stead; P. Steen; J. Akerman; K. Dreborg; P. Nijikamp e R. S. Tappeser (2000). Targets for Sustainability Mobility, In: Banister, D.; D. Stead; P. Steen; J. Akerman; K. Dreborg; P. Nijikamp e R. S. Tappeser. European Transport Policy and Sus-tainable Mobility. Reino Unido: Routledge

Boareto, R. (2008) A polı́tica de mobilidade urbana e a construção de cidades sustentáveis. Revista dos Transportes Públicos. Mobilidade e Meio ambiente. Ano 30/31, p. 143-160.

Borges, L. M. M (2009). Uma reflexão sobre a política urbana recente de Curitiba, entre 2001 e 2008, à luz do estatuto da cidade. Dissertação (Mestrado). Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas.

Brasil. Ministério das Cidades (2013). Cartilha da Lei de Política Nacional da Mobilidade Urbana. Ministério das Cidades, Secreta-ria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana. Disponı́vel em: http://www.portalfederativo.gov.br/noticias/destaques/municipios-devem-implantar-planos-locais-de-mobilidade-urbana/CartilhaLei12587site.pdf (Acesso em 21 ago 2019).

Campos, V. B. G. e R. A. R. Ramos (2005). Proposta de indicadores de mobilidade urbana sustentável relacionando transporte e uso do solo. In: Rodrigues da Silva, A. N.; Souza, L. C. L.; Mendes, J. F. G., ed. lit. – “Anais do PLURIS 2005: actas do Congresso Luso Brasileiro para o Planejamento Urbano Regional Integrado Sustentável, 1, São Carlos, SP, Brasil, 2005”. São Carlos: EESC/USP, 2005. ISBN 85-85205-60-1.

Cardoso, M. V.; F. A. Fleury e J. M. Malaia (2013). O legado da Copa e seu impacto no futuro da cidade de São Paulo. Future Studies Research Journal, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 164-197. https://doi.org/10.7444/fsrj.v5i1.134

Carvalho, C. H. R e R. H. M. Pereira (2012). Gastos das famílias brasileiras com transporte urbano público e privado no brasil: uma análise da pof 2003 e 2009. Brası́lia: Ipea (Texto para Discussão, n. 1803). Disponı́vel em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1803.pdf. (Acesso em 21 ago 2019).

Castro, C. M. S. E; H. M. Barbosa e L. K. De Oliveira (2013). Análise do potencial de integração da bicicleta com o transporte coletivo em Belo Horizonte. Journal of Transport Literature, Manaus, v. 7, n. 2, p. 146-170. http://dx.doi.org/10.1590/S2238-10312013000200008

Castro, D. G; C. Gaffney; P. R. Novaes; J. M. Rodrigues; C. P. Santos e A. Santos Junior (2015) Rio de Janeiro - os impactos da copa do mundo 2014 e olimpiadas 2016. Observatório das Metrópoles, Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ.

Cidade de São Paulo (2016). Transporte. Site oficial da Cidade de São Paulo. Disponı́vel em: http://cidadedesaopaulo.com/v2/planeje/transporte-urbano/?lang=pt. (Acesso em 21 ago 2019).

Cintra, M (2014). Os custos dos congestionamentos na cidade de São Paulo. School of Economics, n. 356. São Paulo: Fundação Getúlio Vargas.

Costa, M. S. (2008). Um índice de mobilidade urbana sustentável. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenha-ria Civil com AGrea de Concentração em Planejamento e Operação de Sistemas.

Daroncho, C.; G. Rodrigues e M. L. Galvez (2016). Estruturação do problema de escolha do modal de transporte público na Aveni-da Radial Leste, em São Paulo. Revista dos transportes públicos. 142 (38). ISSN 0102 - 7212.

Datasus (2016). Departamento de Informação do SUS – Procedimentos hospitalares por UF. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/qiuf.def (Acesso em 21 ago 2019).

Firjan (2015). O custo dos deslocamentos nas principais áreas urbanas do Brasil. Publicações Sistema Firjan, Pesquisas e Estudos Socioeconômicos, Ambiente de Negócios. Rio de Janeiro: Sistema Firjan. Disponı́vel em: http://www.firjan.com.br/lumis/portal/file/fileDownload.jsp?fileId=2C908A8F4F8A7DD3014FB26C8F3D26FE&inline=1 (Acesso em 21 ago 2019).

Firkowski, O. L. C. F. e P. Baliski (2015). Curitiba – Os impactos da Copa do Mundo 2014. Observatório das Metrópolis, Curitiba; UFPR. Disponı́vel em: http://observatoriodasmetropoles.net.br/arquivos/biblioteca/abook_file/megaeventos_curitiba2015.pdf (Acesso em 21 ago 2019).

Follador, D. P. e T. A. Moreira (2011). Aportes do plano de mobilidade urbana e transporte de Curitiba e Belo Horizonte segundo critérios do plano nacional de mobilidade. Revista dos transportes públicos, 129 (34) p. 51-70. ISSN 0102 – 7212.

Fuks, M. (2000) Definição da agenda, debate público e problemas sociais: uma perspectiva argumentativa da dinâmica do conflito social. BIB, Revista Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 49, p. 79-94.

Gomide, A. A (2008). Agenda governamental e o processo de políticas públicas: o projeto de lei de diretrizes da política nacional de mobilidade urbana. Brası́lia: Ipea (Texto para Discussão, n. 1334). Disponı́vel em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_1334.pdf (Acesso em 21 ago 2019).

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatı́stica (2016). IBGE Cidades. Disponı́vel em: http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php (Acesso em 21 ago 2019).

IPEA (2011). Infraestrutura Social e Urbana no Brasil - Subsídios para uma agenda de pesquisa e formulação de políticas públi-cas. A Mobilidade Urbana no Brasil. Ipea. Comunicados do Ipea n. 94, 32 p. Disponı́vel em: http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/comunicado/110525_comunicadoipea94.pdf (Acesso em 21 ago 2019).

IPPUC (2016). Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Disponı́vel em: http://www.ippuc.org.br. (Acesso em 21 ago 2019).

IPPUC (2008). Plano de Mobilidade Urbana e Transporte Integrado, PlanMob Curitiba. Curitiba. 60 p.

ITDP (2016a). Bicicletas Compartilhadas em São Paulo. Disponı́vel em: http://itdpbrasil.org.br/bike-share-2016-sp . (Acesso em 21 ago 2019).

ITDP (2016b). Bicicletas Compartilhadas em Belo Horizonte. Disponı́vel em: http://itdpbrasil.org.br/bike-share-2016-bh. (Acesso em 21 ago 2019).

ITDP (2015). Política de Mobilidade por Bicicletas e Rede Cicloviária da Cidade de São Paulo: Análise e Recomendações. Rio de Janeiro: ITDP. Disponível em: http://itdpbrasil.org.br/wp-content/uploads/2016/03/Relatorio-CIclovias-SP.pdf. (Acesso em 21 ago 2019).

Lautso, K.; K. Spiekemann; M. Wegener; I. Sheppard; P. Steadman; A. Martino; R. Doming e S. Gayda (2004). Planning and Research of Policy for Land Use and Transport for Increasing Urban Sustainability. Final Report, 2nd Edition, Finland.

Mariani, D. e S. Ducroquet (2016). O custo real das passagens de ônibus nos últimos 22 anos. Nexo Jornal. São Paulo. Disponı́vel em: https://www.nexojornal.com.br/gra#ico/2016/01/04/O-custo-real-das-passagens-de-%C3%B4nibus-nos-%C3%BAltimos-22-anos (Acesso em 21 ago 2019).

Marrara, T (2015). Transporte público e desenvolvimento urbano: aspectos jurı́dicos da Polı́tica Nacional de Mobilidade. Revista Digital de Direito Administrativo, Ribeirão Preto, v. 2, n. 1. p. 120-136. https://doi.org/10.11606/issn.2319-0558.v2i1p120-136

Melo, B. P (2004). Indicadores de Ocupação Urbana sob o ponto de Vista da Infraestrutura Viária, Dissertação (Mestrado). Pro-grama de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes. Instituto Militar de Engenharia, Rio de Janeiro.

Mihessen, V. D (2011). Aspectos da mobilidade urbana da cidade do Rio de Janeiro - Situação atual e perspectivas para 2016. 18º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, Rio de Janeiro - RJ. p. 1767-1774.

Ministério das Cidades (2016). Indicadores de Efetividade da Política Nacional de Mobilidade Urbana. Disponı́vel em: http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/ArquivosPDF/relatorio-indicadores-efetividade-pnmu.pdf. (Acesso em 21 ago 2019).

Miranda, H. F (2010). Mobilidade Urbana Sustentável e o Caso de Curitiba. 178 f. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Transportes, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos.

Mobilize (2016). Mobilidade Urbana Sustentável. Disponı́vel em: http://www.mobilize.org.br/. (Acesso em 21 ago 2019).

Observasampa (2016). Indicadores. Observatório de Indicadores da Cidade de São Paulo, Prefeitura. Disponı́vel em: <http://observasampa.prefeitura.sp.gov.br/mobilidade-e-seguranca-no-transito> (Acesso em 21 ago 2019).

Prefeitura de Belo Horizonte. Bhtrans (2016). SisMob-BH: Sistema de Informações de Acessibilidade e Sustentabilidade de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Prefeitura de Belo Horizonte. Disponı́vel em: https://prefeitura.pbh.gov.br/bhtrans/informacoes/dados/dados-abertos (Acesso em 21 ago 2019).

Prefeitura de Belo Horizonte. Bhtrans (2010). Plano de Mobilidade de Belo Horizonte. Relatório Final. Belo Horizonte. 143 p.

Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes. Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (2018). Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo. São Paulo: Prefeitura de São Paulo Nota técnica 257, 1ª Parte. Disponı́vel em: http://www.cetsp.com.br/media/708593/nt257parte1.pdf (Acesso em 21 ago 2019)

Pero, V. e V. Mihessen (2013). Mobilidade Urbana e Pobreza no Rio de Janeiro. Revista Econômica. Niterói, v.15, n. 2, p. 23-50. https://doi.org/10.22409/economica.15i2.p71

Pinto, G.; D. Veras; C. Lobo e L. Cardoso (2015). Mobilidade urbana e transporte não motorizado: apontamentos e reflexões com base nas pesquisas Origem e Destino de 2002 e 2012. 20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. Santos, SP.

Rio de Janeiro (2016). Site da prefeitura. Disponı́vel em: http://www.rio.rj.gov.br/ (Acesso em 21 ago 2019).

Rodrigues da Silva, A. N. R.; M. S. Costa e M. H. Macedo (2008). Multiple views of sustainable urban mobility: The case of Brazil. Transport Policy, v. 15, n. 6, p. 350-360. https://doi.org/10.1016/j.tranpol.2008.12.003

Rubim, B. e S. Leitão (2013). O plano de mobilidade urbana e o futuro das cidades. Estudos avançados, São Paulo. v. 27, n. 79, p. 55-66. https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000300005.

São Paulo (2016). Indicadores de Transporte. Site oficial da Cidade de São Paulo. Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes/acesso_a_informacao/index.php?p=147816 (Acesso em 21 ago 2019).

Silva, C (2015). Confira o histórico do aumento das passagens em BH nos últimos anos. Estado de Minas, Belo Horizonte. Disponı́vel em: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2015/07/31/interna_gerais,674076/con#ira-o-historico-doaumento-das-passagens-em-bh-nos-ultimos-anos.shtml (Acesso em 21 ago 2019).

Silva, S. C. R. e C. Maiolino (2015). Como as Olimpı́adas de 2016 impulsionaram o alcance da rede integrada de transporte público de alta capacidade da Cidade do Rio de Janeiro. 20º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, Santos, SP. Dis-ponı́vel em: http://files-server.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2015/06/12/D25C3E1B-0D1B-4BC2-924E-4895CFE12C7B.pdf (Acesso em 21 ago 2019).

Prefeitura de São Paulo. Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes. Sptrans (2016). São Paulo Transporte S.A. São Paulo.

Prefeitura de São Paulo. Disponı́vel em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/transportes/institucional/sptrans/acesso_a_informacao/index.php?p=152415 (Acesso em 21 ago 2019).

Soares A. G., D. Guth, J.P. Amaral e M. Maciel (2015) A Bicicleta no Brasil 2015. São Paulo. 114 p. ISBN 978-85-69165-00-2.

Sustainable Transport Award (2016). Sustainable Transport Award – Winner 2015: Belo Horizonte, Rio de Janeiro, and São Paulo, Brazil. 10th Annual Award. Disponı́vel em: http://staward.org/winners/2015-belo-horizonte-rio-de-janeiro-andsao-paulo-brazil/ (Acesso em 21 ago 2019).

Tomtom Traffic Index (2016). Tomtom Traffic Index. Disponı́vel em: https://www.tomtom.com/en_gb/traffic-index/ (Acesso em 21 ago 2019).

Transplus (2003). Analysis of Land use and Transport Indicators. Transport Planning Land-Use and Sustainability Public. Except Deriverables D2.2 and D3.

Urbs (2016). Urbanização de Curitiba. Disponı́vel em: https://www.urbs.curitiba.pr.gov.br/ (Acesso em 21 ago 2019).

Visitrio (2016). Site do Turismo da Cidade do Rio de Janeiro. Disponı́vel em: (Acesso em 21 ago 2019).

Wilheim, J (2013). Mobilidade urbana: um desafio paulistano. Estudos Avançados, São Paulo, v. 27, n. 79, p. 7-26. https://doi.org/10.1590/S0103-40142013000300002.

World Health Organization (2011). Health in the green economy: co-benefits to health of climate change mitigation. Geneva, Switzerland.

Zandonade, P. e R. Moretti (2012). O padrão de mobilidade de São Paulo e o pressuposto de desigualdade. Revista de Estu-dios Urbano Regionales, Santiago, v. 38, n. 113, p. 77-97, jan. 2012. https://doi.org/10.4067/S0250-71612012000100004.

Downloads

Publicado

31-08-2019

Como Citar

Lourenço, G. H., Dal Bosco Jr, A., & Bernardinis, M. de A. P. (2019). Respostas à política nacional de mobilidade urbana: comparativo entre capitais dos incentivos ao transporte público e à bicicleta. TRANSPORTES, 27(2), 1–16. https://doi.org/10.14295/transportes.v27i2.1413

Edição

Seção

Artigos